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Ex-garçom escreve peça para Christiane Torloni e lança livro de poesia

Eduardo Ruiz trabalhou 12 anos no Ritz. Foi garçom, bartender e gerente. Estudou teatro, virou ator, dramaturgo e poeta

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A vida de Eduardo Ruiz, 38 anos, já deu vários loopings. E ele gosta. Faz parte da sua matéria-prima para escrever. Ex-garçom, virou bartender e chegou a gerente do bar Ritz, nos Jardins (SP). Trabalhou lá por 12 anos. Ao mesmo tempo, estudou teatro na ECA/USP no final da década 1990. Assumiu-se ator, diretor teatral, dramaturgo e poeta. A produção dos últimos dez anos, reunida em 169 poemas, está no seu livro de estreia Violenta, lançado pela editora Quatro Cantos. Um dos poemas, “En dehors”, foi criado especialmente para o espetáculo Teu corpo é o meu texto, dirigido recentemente por Anselmo Zolla e José Possi Neto, que assina o prefácio do livro. A obra de teatro-dança foi apresentada na voz da atriz Cristiane Torloni, protagonista do espetáculo. A atriz gostou tanto do trabalho de Eduardo Ruiz que já encomendou o texto para seu próximo espetáculo. “Os textos de Eduardo tem uma sensibilidade e uma força fora do comum”, disse Torloni.
Possi conta no prefácio como conh eceu Eduardo Ruiz.
“Conheci Eduardo Ruiz atrás do balcão do bar Ritz preparando drinques temperados com piadas viperinas e comentários dignos de um roteiro de Almodóvar. Certo dia, ele pediu meu e-mail, pois queria me mostrar alguns poemas. Confesso que não o levei a sério, esperei mais uma piada mordaz via e-mail. De repente me deparei com uma obra densa, inteligente, que fascinava e incomodava. Quis saber mais, foi então que conheci seus textos de teatro e sua imensa produção”.
Para Ruiz, o período em que trabalhou de garçom foi fértil. Conversava com mais de cem pessoas por noite, ouvia muitas histórias. “Claro que essa vivência acabou me influenciando.”
A maioria dos textos de Eduardo Ruiz é escrita em papéis soltos, guardanapos. “Cada poema é como um personagem. Vivo uma vida diferente em cada poema”, diz Ruiz.
A sua peça Chorávamos terra ontem à noite foi uma das indicadas ao Prêmio Shell de Teatro de São Paulo, em 2009, na modalidade autor. Além da grande produção de textos teatrais, Eduardo Ruiz tem no currículo adaptações de obras para o teatro, roteiros para cinema, letras de músicas e poemas, muitos poemas. Violenta reúne parte deste vasto material.

SOBRE A EDITORA
Violenta também marca a estreia da editora Quatro Cantos no mercado editorial brasileiro. “Nossa proposta é revelar novos talentos literários”, afirma Rosana Martinelli, sócia-proprietária da Editora Quatro Cantos. “Não queremos seguir tendências mercadológicas, mas trilhar nosso próprio caminho”.
A Editora Quatro Cantos é um passo natural de seu fundador, Renato Potenza Rodrigues, formado em Editoração pela Universidade de São Paulo, que trabalha há quase 20 anos com produção de livros e há 11 dirige uma agência editorial que presta serviços a grandes editoras. A experiência com o mercado editorial foi fundamental para lançar um selo próprio. Além de revelar talentos literários, a linha editorial da Quatro Cantos vai focar em autores nacionais e internacionais nos gêneros de ficção (romance e novela), poesia, infantojuvenil e infantil. “Ainda queremos garimpar o que já foi editado no Brasil, e descobrir grandes obras ainda não verti das para o português, é um desejo e inclinação da editora”, adianta Rosana.

FICHA TÉCNICA
Violenta, Eduardo Ruiz
Poesia
Editora Quatro Cantos
286 páginas
R$ 42